A Revisitação à Fotografia Analógica me consumia. Quando criança tive contato com as estilosas câmeras de fotografia analógica. Passado muito tempo, o desejo de revisitar a experiência só aumentara, quando então me deparei com a Canon T50 à venda aqui nas redondezas por um antigo fotografo bagual.
Assim como no caso da Erika, foi paixão à primeira vista, pois a Canon T50 tem exatamente minha idade, como se fôssemos feitos um paro o outro, gêmeo-chará-etário, ambo-nos gozando das mesmas características: robustez, eficiência e qualidade…
O momento jamais poder-se-ia ser mais subversivo Revisitação à Fotografia Analógica. Eu e a Canon T50 estamos rolando no chão das praças públicas, bosques e afins, em busca do melhor enquadramento, porque imortal é apenas a mensagem que deixamos.
Ciente das melhores técnicas da fotometria, não fosse minha audácia em enganar a fotometria da câmera, percebi que a Canon T50 me deixaria muito limitado em modo manual pois trava a velocidade do obturador em 1/60, uma infeliz característica presente em todos os modelos e até mesmo descrito no próprio manual do usuário.
Então o jeito é abrasileirar (tradução de hackear) a parada… Assumindo que a fotometria da câmera é matricial, pois inexiste ajuste nesse sentido, basta colocar o dedo na objetiva até obstruir 1/2, 1/3 ou 1/4 de luz conforme a quantidade de evs que queremos subir, segurar o disparador em meia-viage para ela fotometrar, tirar o dedão e apertar o disparador até o fundindo. Pronto! estamos enganando a fotometria da câmera, abrasileirando a engenharia japonesa.
O resultado mais notável que obtive foi da fotografia abaixo, quando o modelo em primeiro plano com cerca de 2 evs abaixo se projetou à frente do fundo cujos evs eram o dobro positivo, ficou parecendo uma montagem não fosse o raio de sol incidente no canto inferior esquerdo pra provar a autenticidade, de qualquer forma tenho os negativos (delícia) kkk….
O filme utilizado foi Kodak Pro Image 100, na fotometria enfiei o dedão em 1/4 da objetiva mirei para o sol, segurei o disparador pela metade pra câmera fotometrar, pedi para o modelo (Meu Melhor Amigo) se posicionar a frente do arco-íris e sem soltar o botão, me posicionei no melhor enquadramento para disparar.
Foi minha foto preferida porque existem dois planos de iluminação bem distintas presente, o congelamento do movimento do chafariz, a localização da foto, o casal flagrado ao fundo, o próprio arco-íris flagrado, o tom de azul do céu e o preto puro fidedigno da indumentária do modelo foram mais que suficientes para satisfação.
O ensaio quase completo dispus em verso e prosa no artigo abaixo:
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