ENTENDENDO AS REFERÊNCIAS CRUZADAS DO PENSAMENTO

ENTENDENDO AS REFERÊNCIAS CRUZADAS DO PENSAMENTO

Por intermédio do projeto entendendo o cérebro, tenho concluído que o pensamento é basicamente uma associação de coisas, em especial das palavras, linguística é a codificação do pensamento, dificilmente um indivídio pensa sem usar palavras, sendo elas portanto a codificação do processo cognitivo.

Quanto mais o projeto mencionado avança, mais percebe-se que todas as palavras estão associadas inclusive as de sentido oposto, sendo a lógica ou congruência determinada apenas pela proximidade dessas associações.

Já a reunião de palavras formam ideias. Naturalmente podendo ocorrer situações de referências cruzadas, são elas as ideias de: referência circular, paradoxo, referencia circular paradoxal e conflito cognitivo.

Há um limite até onde podemos ir no raciocínio quando nos deparamos com uma dessas quatro situações se quisermos ser coerentes. Melhor do que explicar cada situação de referência cruzada, passo a exemplificá-las:

  1. Paradoxo: Toda certeza é relativa. Ao dizer que “toda certeza é relativa” se está estabelecendo uma certeza, que de acordo como ela mesma também é relativa. (Ideia se contradiz e se extingue);
  2. Referência Circular: Tudo é infinito, tudo é tudo, infinito é tudo. (Ideia se complementa e prevalece infinitamente);
  3. Referência Circular Paradoxal: Luta do Bem contra o Mal: o Bem permite que o Mal exista em razão do livre arbítrio sem o qual inexiste consciência independente, pluralidade, evolução e que confirma a existência do próprio Bem. Portanto embora o Bem esteja em constante conflito com o Mal, um não existe sem o outro. (Dualidade antagônica, ideia se complementa e se contraria infinitamente);
  4. Conflito Cognitivo: Eu sei que é errado mas eu quero. Diferentemente do paradoxo, o conflito cognitivo ocorre pela contradição de coisas independentes. No caso do exemplo, a vontade, despida de razão, contraria a razão. (Gera ideia estressante que não se extingue até a escolha de um lado).

Portanto, devemos evitar conexões que insulflem ideias paradoxais, sem qualquer utilidade ou mensagem, assim como, e principalmente, o conflito cognitivo hábil a gerar apenas estresse. Ao nos deparar com um conflito cognitivo devemos escolher um lado respeitando o código geral da evolução para receber a recompensa da felicidade superior em vez do estresse.

Já as idéias que insulflem as referências circulares e referências circulares paradoxais podem ser usadas sem problemas já que explicam o infinito e o infinito é perfeito.

(Davi Pinheiro)


5 respostas para “ENTENDENDO AS REFERÊNCIAS CRUZADAS DO PENSAMENTO”

  1. […] contexto temos que o ateísmo também é uma religião, cuja fé repousa sob a existência do nada, pensamento paradoxal. J credito em vida após a morte, mas vamos supor que não exista: do ponto de vista do morto não […]

  2. […] Dissonância cognitiva – vícios de linguagem quanto a um pensamento contraditório. Virou comum dizer algo para logo em seguida contradizer. O emprego da palavra “mas” virou moda, se ela tivesse carteira assinada receberia muito dinheiro porque não tira férias; e está em todos os lugares: desde a fundamentação de uma sentença ou acórdão ate na boca de renomados jornalistas iniciando frases com “mas”, como se já quisessem contrariar algo que nem foi dito. Esse vício de linguagem causa dissonância cognitiva e portantanto estresse, deve ser evitada. […]

Deixe uma resposta

%d blogueiros gostam disto: